segunda-feira, 10 de janeiro de 2011

astros, eu e outros.

Eu não sabia o caminho para casa. Por sorte a noite sempre sabia qual era o meu caminho. E era ela quem me guiava, quanto mais escuro ficava mais eu corria de mim.
Eu já sabia que procurar a resposta nas estrelas era uma atitude em vão. Buscar respostas nos tornam mais humanos, mais racionais. Queria ser estrela, elas não precisam de respostas, elas não precisam que a amem, só enquanto durar a noite alguém precisa observá-las. Queria me dar por satisfeita com um simples olhar.
Pessoas tentam em vão alcançar as características dos astros, sua luz, sua aparente leveza, sua densidade. E eu também.
Enfim a noite se vai, os rostos se tornam comuns, indistintos e eu novamente estava perdida. E demasiadamente humana e demasiadamente não-estrela.


Se é noite eu me entrego às estrelas em busca de um farol

2 comentários:

Bárbara disse...
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will disse...
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