De que valem os séculos
se já conheço todos os cantos da aurora
Quero que a chuva forte
arranque minhas raízes
desta terra vil
Apodrecer no rio disseminando
a vida de sementes distraídas
nos arroios límpidos do paraíso
E depois de milhares de anos,
viro o sonho da lama negra
escapando minhas partículas
no ar (infinitas possibilidades)
Sempre na superfície...
A ambição dos homens
não alimenta sequer seus desejos
anseio por apodrecer no outono
Me sinto bem entre os vermes
e a umidade da terra nutre
meus ossos de madeira,
solidão
terça-feira, 17 de fevereiro de 2015
Lenho
Meu desejo é matéria-líquida
que não pode ser controlada
pertenço a todas as carícias de
furtivos amantes
vento pele tecido calor
meus ossos têm a textura
dos nossos sonhos entrelaçados
todos simples e
(imóveis) lugares
a floresta dos pensamentos desespera
a criança assustada que qualquer
artista:amador carrega
minhas lembranças se foram
comidas pelo deserto barulhento
da bomba cardíaca e raios elétricos
de cérebros mortos
Na primavera de Minha Vida
consumi com lógica e ferocidade
flores jovens e folhas azedas
desse jardim trancado por dentro
que não pode ser controlada
pertenço a todas as carícias de
furtivos amantes
vento pele tecido calor
meus ossos têm a textura
dos nossos sonhos entrelaçados
todos simples e
(imóveis) lugares
a floresta dos pensamentos desespera
a criança assustada que qualquer
artista:amador carrega
minhas lembranças se foram
comidas pelo deserto barulhento
da bomba cardíaca e raios elétricos
de cérebros mortos
Na primavera de Minha Vida
consumi com lógica e ferocidade
flores jovens e folhas azedas
desse jardim trancado por dentro
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