De que valem os séculos
se já conheço todos os cantos da aurora
Quero que a chuva forte
arranque minhas raízes
desta terra vil
Apodrecer no rio disseminando
a vida de sementes distraídas
nos arroios límpidos do paraíso
E depois de milhares de anos,
viro o sonho da lama negra
escapando minhas partículas
no ar (infinitas possibilidades)
Sempre na superfície...
A ambição dos homens
não alimenta sequer seus desejos
anseio por apodrecer no outono
Me sinto bem entre os vermes
e a umidade da terra nutre
meus ossos de madeira,
solidão
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